11 de outubro de 2005




O CineClube Araguaia tem como objetivo principal a socialização do Cinema, tanto para lazer como para discussão. Possuímos um circuito alternativo de sessões, para atingir as comunidades que não possuem acesso, seja por questões geográficas e/ou fincanceiras. Priorizamos produções nacionais!!!

Se vc produz curtas ou longas e gostaria de ver seu filme sendo exibido em nossas sessões, mande um e-mail que entraremos em contato.

cineclubearaguaia@yahoo.com.br


8 de outubro de 2005

7 de outubro de 2005

6 de outubro de 2005

5 de outubro de 2005

Sessão Fixa!!!

Agora 2º Tem!!!

Com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura o Cineclube Araguaia fará sessões de curtas e longas toda Segunda Feira.

As sessões são gratuitas e começarão sempre às 19h na Biblioteca Pública.

Fique ligado na Programação:

14/11 – “O Prisioneiros da Grade de Ferro”
Um ano antes da desativação da Casa de Detenção do Carandiru, detentos aprendem a utilizar câmeras de vídeo e documentam o cotidiano do maior presídio da América Latina.
Direção: Paulo Sacramento
Duração: 123 minutos

21/11 – “Uma onda no ar”
Jorge, Brau, Roque e Zequiel são quatro jovens amigos que vivem em uma favela de Belo Horizonte e sonham em criar uma rádio que seja a voz do local onde vivem. Eles conseguem transformar seu sonho em realidade ao criar a Rádio Favela, que logo conquista os moradores locais por dar voz aos excluídos, mesmo operando na ilegalidade. O sucesso da rádio comunitária repercute fora da favela, trazendo também inimigos para o grupo, que acaba enfrentando a repressão policial para a extinção da rádio.
Direção: Helvécio Ratton
Duração: 92 minutos



28/11 – “Nina”
Ambientado na São Paulo de hoje, o filme narra a história de Nina, jovem pobre, que procura um meio de sobrevivência na sociedade desumana de hoje e só esbarra em adversidades. Mora num quarto alugado. A senhoria Eulália, velha decrépita e reencarnação da velha usurária morta por Raskólnikov em Crime e Castigo, humilha Nina a todo instante, viola sua correspondência, confisca-lhe um dinheiro que a mãe lhe enviara, tranca a geladeira a cadeado para impedir-lhe o acesso aos alimentos ali guardados, cada um com a etiqueta "Eulália", símbolo do poder de compra e do direito ao consumo e à humilhação do semelhante.
Direção: Heitor Dhalia
Duração: 85 minutos


05/12 – “Durval Discos”
Durval e sua mãe Carmita vivem há muitos anos na mesma casa onde funciona a loja Durval Discos, que já foi muito conhecida no passado mas hoje vive uma fase de decadência devido à decisão de Durval em não vender CDs. Para ajudar sua mãe no trabalho de casa Durval decide contratar uma empregada e aí...
Direção: Anna Muylaer
Duração: 96 minutos


Antes de cada longa será exibido um curta. Sempre será convidado alguém para discutir o filme, não haverá reserva de lugares, as 40 primeiras pessoas que chegarem terão sua entrada garantida.


Paixão, cinema e informação formam o tripé donde se apóia o cineclube. E mais o desejo de socializá-lo com todos, e não somente com os que podem pagar.

Políticas Públicas para Exibição do Audiovisual

Políticas Públicas para exibição de audiovisual

O acesso às produções cinematográficas brasileiras é incompatível com as condições materiais da população, nos convocando a refletir sobre a necessidade de uma política pública e social que permita através de ações efetivas socializa-las com o povo brasileiro.

Não necessitamos de incentivos do governo para produções de filmes com o intuito de participarmos do Oscar, necessitamos de incentivos para produções que sejam socializadas com o povo brasileiro. Segundo a Constituição Federal, destacam-se no patrimônio cultural brasileiro “as formas de expressão, os modos de criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas e tecnológicas, as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais, os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico”.

Ora, sendo as criações artísticas, patrimônio cultural brasileiro, é inconcebível que o povo não tenha acesso, ou melhor, só tenha acesso que tem condições financeiras para tal. A Constituição Federal em seu art. 5º diz: "aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar". As normas constitucionais reconhecem o direito de propriedade intelectual em caráter vitalício, compreendendo direitos morais e patrimoniais. Na Lei 9.610 que trata dos direitos autorais, consta que as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as cinematográficas são obras intelectuais protegidas. Consta na referida Lei que, depende de autorização prévia e expressa do autor a utilização da obra, a exibição audiovisual, cinematográfica ou por processo assemelhado. E esse é o ponto principal que quero abordar quando falo de políticas públicas para exibição do audiovisual.

É inadmissível que filmes produzidos com verbas públicas apresentem: “O titular de direito autoral da obra audiovisual incluindo sua trilha sonora, somente autoriza seu uso privado e doméstico. Estão proibidas quaisquer outras formas de utilização, tais como: copiar, editar, adicionar, reduzir, exibir ou difundir publicamente, transmitir por radiofusão, cabo ou qualquer outro meio, bem como trocar, emprestar ou praticar qualquer ato de comercialização. A violação de qualquer destes direitos exclusivos do titular, acarretará em sanções previstas nos artigos 184 e 186 do Código Penal”.

Não se trata de proibir ou discutir o direito do autor, se trata de ações do governo e de empresas estatais que, quando concedem apoio financeiro a tais obras, exijam condições, como: a obra financiada com dinheiro público pode ser exibida e difundida publicamente, desde que sem fins lucrativos após o período em que a obra sair de cartaz dos cinemas. O titular do direito autoral da obra se compromete a comercializar edições populares da obra. Exemplo: comercialização de DVDs com encartes simples, como aqueles distribuídos por provedoras de internet. Assim a própria pirataria seria combatida, o detentor dos direitos receberia pela sua obra, e a obra ficaria mais acessível à população.

A cultura influencia na constituição de identidades, interfere na formação do indivíduo e contribui como espaço produtor de sociabilidade, mas para isso, é necessário políticas publicas que incentivem não só a produção, mas principalmente a socialização da cultura.

Rita Fagundes